PF e MPRJ prendem policiais civis e advogado envolvidos em tráfic0 de dr0gas
Na Operação Drake, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) efetuaram a prisão de quatro policiais civis e um advogado sob a acusação de tráfico de drogas.
Segundo as investigações, os quatro agentes, que anteriormente estavam lotados na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), teriam vendido 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, aproximadamente dois meses atrás. A operação sugere que esses suspeitos não apenas realizaram a venda, mas também escoltaram a carga até uma favela controlada pelos traficantes.
As ordens de prisão, emitidas pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende, resultaram na captura dos indivíduos em diversos endereços, incluindo a Cidade da Polícia, onde está localizada a DRFC, na Zona Norte do Rio.
Os detidos na operação são:
Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da DRFC.
Eduardo Macedo de Carvalho, ex-agente da DRFC.
Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe do setor de investigações da DRFC.
Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão, advogado.
Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC.
Vale ressaltar que os policiais em questão haviam sido transferidos para diferentes unidades desde setembro, quando ocorreu uma mudança de comando na DRFC.
Conforme informações da PF e do MPRJ, em 8 de agosto deste ano, duas viaturas da DRFC interceptaram, na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, um caminhão que já estava sob monitoramento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e transportava uma carga de 16 toneladas de maconha.
“Ao escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, através de um advogado, a liberação da carga de entorpecentes e a soltura do motorista, mediante pagamento de propina”, afirmou a PF em comunicado. Ainda segundo a Polícia Federal, no dia 9 de agosto, “três viaturas ostensivas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, onde a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.”