Desenvolvedores da Vacina mRNA contra COVID conquistam Nobel de Medicina 2023
A bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico norte-americano Drew Weissman, cientistas responsáveis pelo desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, foram laureados com o Nobel de Medicina de 2023 nesta segunda-feira (2/10). Eles dividirão um montante de aproximadamente R$ 5 milhões, juntamente com diplomas e cobiçadas medalhas de ouro de 18 quilates.
Destacados entre os favoritos, a dupla foi reconhecida por descobertas que, nas palavras da Fundação Nobel, “mudaram fundamentalmente nossa compreensão de como o mRNA interage com nosso sistema imunitário”, possibilitando “uma taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas” diante da pandemia. A inovação de Karikó foi contornar as reações inflamatórias provocadas pelo mRNA sintetizado, anteriormente um entrave para seu uso clínico. Juntamente com Weissman, a dupla comprovou, em 2005, que modificações nos nucleosídeos do mRNA impedem sua detecção pelo sistema imune.
Karikó, além de ter vínculo com a Universidade de Szeged e a Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, teve papel fundamental na BioNTech até 2022, estando agora como consultora. Notavelmente, ela é a 13ª mulher premiada no campo da Medicina pelo Nobel.
O anúncio do Nobel de Medicina marca o início das premiações deste ano, com os próximos reconhecimentos agendados para os dias seguintes. Desde 1901, graças ao legado do magnata sueco Alfred Nobel, o prêmio destaca conquistas em ciência, literatura, paz e economia. No dia 10 de dezembro, o Rei da Suécia conduzirá a entrega oficial em Estocolmo, finalizada por um grandioso jantar na Câmara Municipal.
Em retrospectiva, o Nobel de Medicina de 2022 homenageou o cientista Svante Pääbo por decifrar o genoma do Neandertal e identificar os denisovanos, um ramo até então desconhecido da família humana.