Sem autorização de Valdemar, parlamentares do PL receberam emendas de Lula
Emendas de relator favoreceram parlamentares, especialmente o da base do governo Lula no Congresso. Mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido tais emendas, R$ 10,6 bilhões permaneceram pendentes de pagamento em 2023, segundo publicação do site Metrópoles.
Dados revelados pela Secretaria das Relações Institucionais (SRI) mostram que R$ 2,6 bilhões atenderam a solicitações de deputados federais, equivalendo a um quarto das emendas. O senador Eduardo Braga, relator da reforma tributária e membro do MDB do Amazonas, foi o maior beneficiado, recebendo R$ 145,4 milhões dos R$ 316 milhões que ele havia indicado.
Seguindo a lista, os relatores do Orçamento na administração Bolsonaro, deputado Domingos Neto (2020) e senador Márcio Bittar (2021), obtiveram respectivamente R$ 86 milhões e R$ 69,7 milhões. Esses valores são reflexo do influente papel desempenhado por eles nos anos em que atuaram como relatores, bem como sua afiliação a partidos atualmente alinhados ao governo Lula.
De acordo com a SRI, ainda há incertezas quanto à origem do montante total de R$ 10,6 bilhões em emendas. A secretaria destacou: “A SRI/PR possui um levantamento incompleto a respeito de tais recursos […]. Tais informações não eximem os órgãos executores dos deveres de publicização da execução de tais recursos”.
Surpreendentemente, parlamentares do Partido Liberal, presidido por Valdemar Costa Neto e que tem Jair Bolsonaro como presidente de honra, também receberam esses pagamentos de Lula. Segundo o Metrópoles, Genecias Noronha (PL/CE) recebeu R$38,8 milhões, Junior Mano (PL/CE) recebeu R$26,5 milhões, Junior Lourenço (PL/MA) recebeu R$ 26,3 milhões e João Carlos Bacelar (PL/BA) recebeu R$ 25,6 milhões.
Veja a lista dos congressistas que mais receberam emendas em 2023: