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Entregadores de aplicativos paralisam atividades em dez estados exigindo regulamentação e melhores condições


Entregadores de aplicativos realizam paralisação em dez estados nesta sexta-feira (29), exigindo maior regulamentação do setor. O movimento, batizado de “Breque Nacional”, apela também para que usuários não façam pedidos durante o dia em apoio à causa.

Nicolas Souza Santos, da Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativo (Anea), destacou que o objetivo é pressionar o governo a se posicionar diante das demandas da categoria. A discussão, que ocorre em Brasília desde maio, teve como um dos pontos mais controversos a definição de “hora efetivamente trabalhada”. As plataformas, defendendo esse conceito, propõem que o motoboy seja remunerado apenas pelo tempo em trânsito, enquanto os entregadores defendem a remuneração pela “hora logada” – todo o período logado no app.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) apresentou uma oferta de R$ 12 por hora para entregadores e R$ 21,22 para motoristas, valores que, segundo a associação, superam consideravelmente o salário mínimo. Contudo, representantes dos entregadores argumentam que a negociação não tem progredido. O presidente do SindimotoSP, Gilberto Santos, afirmou que o governo precisa intervir.

Além da pauta salarial, discussões incluíram a “inclusão previdenciária”, visando contribuições ao INSS. A Amobitec, em comunicado, ressaltou o respeito ao direito de manifestação e o interesse em um diálogo construtivo com os profissionais da área.




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