O Conselho de Ética da Presidência da República instaurou processo para apurar a conduta de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O foco da investigação é avaliar se Vasques infringiu normas éticas ao manifestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas redes sociais, pouco antes do segundo turno das eleições de 2022.
O Código de Ética da Presidência estabelece que servidores públicos não podem usar sua posição ou influência para benefícios particulares. A Comissão de Ética vê “indícios de materialidade” na ação de Vasques.
O ex-diretor, que foi destituído em dezembro de 2022, encontra-se detido desde 9 de agosto, suspeito de interferir no pleito eleitoral do referido ano.
Em evidência está uma postagem de 29 de outubro de 2022, em que Vasques compartilhou uma imagem da bandeira brasileira com o lema “Vote 22 – Bolsonaro Presidente”, embora a tenha apagado no dia seguinte.
Adicionalmente, no dia da votação, a PRF intensificou operações nas rodovias nacionais, notadamente no Nordeste, reduto onde o presidente Lula (PT) liderava as intenções de voto.
