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Em Nova York, no discurso de abertura da ONU, Lula critica EUA e defende Cuba


No discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou críticas veladas aos Estados Unidos. O discurso de Lula foi delineado por condenações às penalidades impostas ao hacker Julian Assange, as críticas às restrições econômicas vigentes sobre Cuba, e uma chamada por reformas no Conselho de Segurança da ONU.

Abordando a situação de Assange, fundador do WikiLeaks conhecido por divulgar uma série de documentos confidenciais americanos, Lula destacou a importância da liberdade de imprensa e o combate à desinformação. Ele declarou: “É fundamental preservar a liberdade de imprensa. Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima. Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos”.

Lula também tomou uma postura firme contra as medidas dos EUA em relação a Cuba, comprometendo-se a continuar denunciando ações que considera desprovidas de fundamento legal de acordo com a Carta da ONU. “O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo. Continuaremos críticos a toda tentativa de dividir o mundo em zonas de influência e de reeditar a Guerra Fria“, expressou o líder brasileiro.

Na parte final do seu discurso, o presidente criticou a atual configuração do Conselho de Segurança da ONU, apontando as ações de seus membros permanentes. “O Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade. Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime. Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia”, articulou Lula, que tem sido um defensor ativo da inclusão do Brasil e de outros países emergentes no conselho.




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