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Decisão de Toffoli se baseou em perícia apresentada pela defesa de Lula


O ministro Dias Toffoli, do STF, anulou provas do acordo de leniência da Odebrecht, baseando-se em uma perícia realizada a pedido pela defesa do presidente Lula. O relatório, assinado pelo perito Cláudio Wagner, indica falhas na Lava Jato ao coletar evidências dos crimes da construtora. Wagner fez uma comparação polêmica, alegando que era “como se em um crime de est*pro o próprio criminoso est*prador efetuasse a coleta” sem supervisão.

A perícia detalhou irregularidades na captação de provas dos sistemas Drousys e My Web Day B, usados pela Odebrecht. Ambos os sistemas estavam ligados ao que se conhece como “departamento da propina”. Toffoli considerou essas provas “imprestáveis”.

Wagner reforçou que o material analisado pelo MPF foi enviado diretamente pela Odebrecht, sem a supervisão de qualquer agente público. Acrescentou que a empresa manteve essas evidências por nove meses, e durante esse tempo, várias pessoas tiveram acesso a eles.

No entanto, procuradores envolvidos na Lava Jato discordam das alegações da defesa de Lula. Um membro da operação garantiu que todas as etapas legais foram seguidas e que as evidências fornecidas pela Odebrecht foram verificadas com dados de autoridades suíças. O mesmo procurador lembrou que a Odebrecht, antes de firmar o acordo, desafiava todas as acusações e combatia judicialmente o MPF.




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