Na próxima segunda-feira (11), a Polícia Federal (PF) enviará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma análise técnica das filmagens do aeroporto de Roma, sobre o incidente de agressão envolvendo o ministro Alexandre de Moraes em julho deste ano.
As imagens, providenciadas pelo Ministério da Justiça italiano, são de três câmeras situadas nas proximidades da sala VIP, onde Moraes se encontrava no momento do suposto evento, segundo informações da jornalista Malu Gaspar.
Os profissionais responsáveis pela investigação preveem que o documento corroborará a narrativa de Moraes, apesar de ressaltarem a ausência de registros sonoros, o que restringe a análise das conversas ocorridas durante o tumulto. Essa limitação poderá influenciar a posição dos indivíduos acusados de supostamente atacar o ministro, que, por sua vez, afirmam terem sido os agredidos por Moraes e seu filho.
O incidente em discussão teve lugar em julho, após Moraes participar de um evento jurídico em Siena. Ele relatou ter sido abordado violentamente por um conjunto de brasileiros no aeroporto romano. O inquérito instaurado, supervisionado pelo ministro Dias Toffoli, visa esclarecer a existência de ações violentas e anticonstitucionais durante o incidente. O coletivo implicado contrapôs a versão de Moraes, alegando serem eles os prejudicados.
Um vídeo de dez segundos, apresentado pelo advogado dos empresários envolvidos, não foi aceito como prova credível pela PF. A análise das gravações da área VIP do aeroporto não indicou desordens no instante em que os empresários supostamente confrontaram Moraes. Entretanto, a falta de áudio nos registros impede a confirmação de possíveis ofensas verbais, como indicado por ambos os lados.
O relatório pericial, fundamentado nesses registros visuais, será um adendo crucial ao dossiê final do inquérito, objetivando esclarecer a verdadeira natureza do incidente. A equipe de investigação não descarta a opção de requisitar uma nova ordem de apreensão para acessar as gravações dos aparelhos móveis em questão.
