O programa “Abrace o Marajó”, lançado na administração do ex-presidente Jair Bolsonaro e gerenciado pela então ministra e agora senadora Damares Alves, foi oficialmente revogado pelo governo Lula nesta terça-feira (5).
O Planalto alegou uma série de denúncias da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara indica que o programa teria sido usado “para a exploração de riquezas naturais e para atender a interesses estrangeiros, sem benefício ou participação social da população local”.
Embora o programa anterior tivesse o intuito de “melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios” do Arquipélago de Marajó, o atual governo alega que os dados não mostram avanços positivos após sua implementação. Por exemplo, a cobertura vacinal na região caiu de 59,20% em 2019 para 42,20% em 2022, enquanto a taxa de mortalidade infantil subiu de 7,54 em 2018 para 7,89 em 2022.
Para substituir o programa anterior, em maio, o Ministério dos Direitos Humanos lançou o “Cidadania Marajó”, com ênfase no “enfrentamento de violações sistemáticas de direitos humanos” na região.
Em resposta às críticas, a ex-ministra Damares Alves apresentou relatórios indicando que mais de R$ 1,1 bilhão foram investidos no arquipélago e contestou as denúncias feitas pelo atual governo.
