Defesa de Wassef refuta especulações no caso das joias e reitera postura colaborativa
Nesta segunda-feira (4), a defesa de Frederick Wassef refutou as alegações de que ele estaria em contato com outros indivíduos sob investigação no caso das joias. O advogado Eduardo Pizarro Carnelós, representando Wassef, enfatizou que seu cliente não tem a intenção de “proteger nem acusar quem quer que seja”, mantendo uma posição neutra e colaborativa perante as autoridades.
Em um comunicado, Carnelós declarou que Wassef “não se manifestará sobre os fatos investigados” e que qualquer declaração relevante será diretamente comunicada às autoridades competentes. Wassef tem evitado pronunciamentos públicos sobre o assunto para preservar a integridade e o sigilo do inquérito em curso.
Na última quinta-feira, tanto Wassef quanto colaboradores próximos a Bolsonaro apresentaram seus testemunhos à Polícia Federal. Previam-se depoimentos simultâneos de Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no entanto, optaram por se abster de comentários, sustentando que o caso deve ser conduzido na jurisdição de primeira instância, ao invés de prosseguir sob a alçada do Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia a nota da defesa de Wassef, na íntegra:
“Nos últimos dias, têm sido divulgadas notas em vários órgãos de imprensa, atribuindo informações a fontes diversas, todas elas com especulações a respeito do que teria dito o advogado Frederick Wassef em seu depoimento à Polícia Federal, bem como sobre alegadas condutas dele. Referidas notas trazem versões fantasiosas e inverossímeis, mentiras crassas e ofensas a Wassef, numa evidente tentativa de indispô-lo com autoridades constituídas e com outras pessoas chamadas a prestar depoimento nas investigações, sem que ele próprio tenha feito nenhuma declaração a quem quer que seja, e que pudesse sustentar essas fofocas, cujo propósito adicional é macular sua credibilidade.
Na condição de advogado de Wassef, esclareço que ele não se manifestará sobre os fatos investigados, e qualquer informação que ele tiver será prestada às autoridades responsáveis pela apuração, cujo sigilo será sempre respeitado. Frederick Wassef não mantém contato com outras pessoas chamadas a depor, nunca tendo procurado combinar com ninguém o que dizer. Na esfera adequada, relatará sempre o que sabe, já que não tem interesse em proteger nem acusar quem quer que seja. Quando deixou a sede da Polícia Federal em São Paulo no dia 31 de agosto, Wassef disse aos jornalistas que ele nada falaria, tendo até mesmo recusado revelar se respondera ou não às perguntas formuladas no depoimento, em respeito ao Supremo Tribunal Federal e à Polícia Federal, pois a investigação é sigilosa.”