O ex-presidente Jair Bolsonaro formalizou uma queixa-crime no 3º Juizado Especial Criminal de Brasília contra o hacker Walter Delgatti, acusando-o de calúnia. A ação foi uma resposta às alegações de Delgatti, que, durante depoimento à CPMI em 8 de janeiro, declarou: “O presidente [Bolsonaro] entrou em contato comigo. Nesse contato, segundo ele, teria um grampo do ministro Moraes. Segundo ele [Bolsonaro], teria conversas comprometedoras do ministro e eles precisavam que eu assumisse a autoria desse grampo”.
A defesa de Bolsonaro argumenta que Delgatti difundiu informações “manifestamente falsas”, prejudicando a reputação do ex-presidente, especialmente considerando a ampla cobertura midiática do depoimento. Na CPMI, Delgatti não forneceu provas que sustentassem suas acusações, mas expressou abertura para confronto direto de declarações com Bolsonaro.
Vale destacar que Walter Delgatti Neto ficou conhecido ao divulgar conversas de figuras proeminentes da Operação Lava Jato, como o senador Sergio Moro (União-PR). Atualmente, ele está detido desde 2 de agosto devido à investigação sobre a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inclusão de documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
