O governo Lula, buscando fortalecer sua base após atritos com o presidente da Câmara, Arthur Lira, planeja enviar ao Congresso uma PEC para restringir a presença militar em cargos eletivos. O texto, oriundo do Ministério da Defesa, propõe que membros das forças de segurança só disputem eleições ou assumam ministérios caso se desvinculem da carreira ou migrem para a reserva.
Capitão Alden (PL-BA) expressou preocupação à proposta, defendendo o direito de representação dos militares: “Uma tentativa de calar a voz desse segmento tão importante. Hoje o policial não tem direito a greve, não pode se sindicalizar, ou se manifestar politicamente em suas redes sociais.” Alden ainda argumenta que a medida pode abrir caminho para limitar outras profissões na política, como jornalistas e líderes religiosos.
Por outro lado, Sargento Fahur (PSD-PR), representante notório da ala militar no legislativo, recorda tentativas anteriores de coibir militares na política. Para Fahur, a proposta pode avançar, dada a capacidade do governo de influenciar votos no Congresso. Ele criticou a ideia como uma estratégia do governo para afastar adversários robustos e se comprometeu a se opor à medida.
