O Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está se preparando para expandir. Na quinta-feira (24), foi revelado que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia foram convidados a se tornarem membros plenos a partir de 2024. O anúncio foi feito durante a 15ª cúpula do Brics em Joanesburgo, pelo presidente da África do Sul.
Embora o termo “convite” tenha sido usado, diplomatas esclareceram que os países já tinham mostrado interesse em se juntar ao bloco.
A China e a Rússia estavam à frente desta movimentação de expansão. Especialistas acreditam que essa estratégia busca reduzir o isolamento desses países frente aos Estados Unidos e Europa Ocidental, especialmente considerando os recentes conflitos diplomáticos que enfrentam.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já havia declarado apoio à inclusão de alguns desses novos membros, especificamente Argentina e Emirados Árabes Unidos. Contudo, o Brasil, inicialmente, defendia um processo mais criterioso para adesão, uma posição que foi adaptada nas discussões recentes.
Durante a cúpula, as negociações se intensificaram, com o Brasil buscando reconhecimento em sua pretensão histórica de integrar o Conselho de Segurança da ONU. A declaração final da cúpula trouxe uma menção sutil a essa aspiração, considerada uma vitória pela diplomacia brasileira, mesmo frente à tradicional resistência da China sobre o tema.
A expansão do Brics e as respectivas negociações demonstram a evolução e a influência crescente do bloco no cenário geopolítico global.
