PF quer identificar todos os doadores de PIX à Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) está investigando a origem dos R$ 17 milhões recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) através de doações via Pix, conforme informações da CNN. As autoridades questionam a legitimidade desses fundos e a possibilidade de atos ilícitos, como lavagem de dinheiro.
Bolsonaro afirma que os valores vieram de apoiadores destinados a cobrir despesas processuais e multas. Recentemente, o ex-presidente quitou R$ 913 mil em multas ao governo paulista.
Para esclarecer o caso, os investigadores contam com as informações do sigilo bancário e fiscal de Bolsonaro e Michelle, sua esposa, autorizadas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A PF busca colaboração com o Ministério Público para acessar o Sistema de Investigação de Movimentações Interbancárias (Simba), uma ferramenta que facilita a comunicação entre os bancos e as autoridades judiciais.
A meta é cruzar a origem dos fundos de cada doador. Surgem suspeitas de que alguns desses doadores podem ser fictícios, usados para legalizar quantias obtidas de maneira ilícita, como no suposto esquema de venda de joias no exterior.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, defendeu a legalidade das transações: “Estou absolutamente tranquilo. Foi tudo republicano. São milhares de doadores. Bolsonaro teve quase metade dos votos na eleição”.