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Lula quer substituição do dólar em negociações comerciais


Em meio ao 15º encontro dos Brics em Joanesburgo, África do Sul, o presidente Lula reforçou a sua defesa sobre a inclusão da Argentina no grupo atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “É importante a Argentina estar no Brics. Vamos ver na reunião como fica, seja agora ou em breve”, afirmou Lula.

A crise financeira argentina, segundo o presidente, é resultado dos empréstimos de natureza política feitos pelo FMI ao ex-presidente Maurício Macri. Lula declarou: “Na Argentina, a situação é desafiadora devido ao empréstimo feito pelo FMI, totalizando R$ 44 bilhões, durante as eleições. Há especulações na Argentina de que esse dinheiro tinha como objetivo favorecer a eleição de Macri. Ele não venceu, e agora Alberto [Fernández] herdou a dívida”.

Lula mencionou ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explora a possibilidade de auxiliar a Argentina através do yuan chinês. “Buscamos uma abordagem mais serena, menos pragmática, que não favoreça apenas o sistema financeiro”, destacou.

O presidente reiterou a necessidade de uma moeda alternativa ao dólar para transações internacionais, questionando a lógica atual do comércio exterior. “Por que, ao negociar com a China, precisamos do dólar? Brasil e China têm a capacidade de transacionar em suas próprias moedas”. Em uma transmissão ao vivo, Lula comentou: “Não podemos ser reféns de um país com domínio sobre o dólar, sendo submetidos à volatilidade dessa moeda”.




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