PGR alega que PMDF mobilizou homens com pior formação e com menos experiência
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, durante os atos de 8 de janeiro de 2023, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) mobilizou 200 homens com a “pior formação” e “a menor experiência” diante da ameaça de invasão e depredação em prédios federais da capital.
Conforme mensagens internas do alto comando da PMDF, 200 recém-formados da corporação foram escalados para enfrentar os manifestantes. A PGR classificou a decisão como uma ação de oficiais superiores da PMDF ao colocar efetivos “sem qualquer experiência policial” contra milhares prontos para confrontos físicos.
Baseada em diálogos entre os líderes da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves e o coronel Fábio Augusto Vieira, a acusação revelou que, além dos novatos, um grupo especializado se manteve na Praça dos Três Poderes. No entanto, a PMDF havia prometido evitar que os manifestantes alcançassem essa área. A PGR indica na denúncia que “os policiais com aptidão para obstar o avanço dos insurgentes” deveriam estar prontos para o enfrentamento, impedindo qualquer acesso à Praça.
A Procuradoria argumentou que manter o restante do efetivo em sobreaviso foi insuficiente para proteger os bens públicos, considerando a ameaça de invasão.