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URGENTE: Mauro Cid pretende confessar participação em esquema de joias e apontar Bolsonaro como mandante, diz advogado


Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está pronto para admitir sua participação em um esquema de venda de joias no exterior e identificar Bolsonaro como o instigador desses atos, segundo seu advogado, Cezar Bitencourt, em entrevistas à Veja e O Globo.

Em meio a evidências apresentadas pela Polícia Federal, Cid escolheu assumir responsabilidade, afirmando que vendeu joias nos EUA, trouxe os valores arrecadados para o Brasil e os entregou diretamente a Bolsonaro, tudo em espécie. “Fez tudo a mando de Bolsonaro”, esclareceu Bitencourt.

Atualmente detido no Batalhão de Polícia do Exército em Brasília, Cid enfrenta investigações em múltiplos casos relacionados ao ex-presidente, incluindo joias sauditas e supostas manobras para deslegitimar as eleições de 2022. Sobre as alegações, Bitencourt indicou que Bolsonaro estava ciente de suas atividades ilegais, mencionando: “Resolve lá”, uma aparente ordem de Bolsonaro a Cid. Ele afirmou à Veja a natureza da relação de subordinação no serviço público, especialmente entre militares.

Bitencourt declarou ao jornal O Globo que Cid planeja fazer nova declaração à Polícia Federal. “Ele era um assessor e o ex-presidente era seu superior. Ele testemunhará a verdade, independentemente de como isso afeta Bolsonaro. O compromisso dele é com a verdade”, expressou o advogado.

No que diz respeito à venda de relógios de luxo nos EUA, Bitencourt observou possíveis implicações criminais e salientou que os recursos pertenciam a Bolsonaro.

Vale salientar que o advogado pretende ter um encontro com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, considerando que a admissão poderia reduzir a pena de Cid, em vista de uma confissão voluntária e não um acordo de delação. Bitencourt, que assumiu a defesa de Cid esta semana, realçou o caráter de Cid como um “militar cumpridor de ordens”, sugerindo uma abordagem distinta da de defensores anteriores. Ao discutir a natureza das ordens, o advogado ponderou na Globo News sobre a linha tênue entre ordens injustas e criminosas.




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