O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, criticou o Ibama por barrar o processo de licença ambiental para exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Em entrevista à Globo News, Prates revelou: “Não chegou a ser feito o teste simulado com todas aeronaves, embarcações, a própria sonda, porque houve a negativa [do Ibama]. Tivemos que tirar a sonda de lá, pois estava custando caro”.
Ele ressaltou a disposição da estatal em retomar os testes, declarando: “Quando o Ibama quiser continuar o processo, com respeito ao Ministério de Minas e Energia e à ministra Marina Silva, voltaremos com a sonda, faremos o teste e obteremos a licença”.
A disputa sobre a licença tem gerado conflitos entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, responsável pela Petrobras.
Em 17 de maio, o Ibama negou a licença ambiental à Petrobras. O órgão justificou em relatório: “Foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas este ainda apresenta inconsistências preocupantes para operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”.
Ricardo Agostinho, presidente do Ibama, fez uma analogia do caso à usina hidrelétrica de Belo Monte, evento que gerou divergências entre Marina Silva e o PT.
No entanto, após o veto do Ibama, Alexandre Silveira instruiu a Petrobras a manter suas sondas de exploração na área, reforçando a necessidade de agir “dentro da mais estrita legalidade”.
Lula defendeu a exploração, pontuando em maio: “Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, não será explorado. Porém, considero difícil, pois fica a 530 km de distância da Amazônia”.
