Uma reunião era esperada entre o líder indígena Cacique Raoni e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não se realizou nesta terça-feira (8) na Cúpula da Amazônia, aumentando as tensões. Esta é a segunda vez que Raoni tenta procurar Lula mas não consegue, motivando dúvidas sobre a real disposição do diálogo entre o governo e as lideranças indígenas.
Conhecido internacionalmente pela defesa dos direitos indígenas e da preservação da Amazônia, Cacique Raoni planejava debater a exploração de petróleo na região com o presidente da República. Contudo, o encontro foi frustrado por um conflito de agenda de Lula, mesmo argumento usado para evitar encontro com o presidente da Ucrânia há alguns meses.
Raoni, em resposta ao imprevisto, afirmou que irá confrontar Lula na próxima ocasião, destacando sua exasperação e determinação em tratar da questão do petróleo na Amazônia, tema crucial para comunidades indígenas e ativistas ambientais.
Enquanto o esperado encontro com Lula não ocorria, Raoni encontrou-se com figuras políticas como Marina Silva (Rede-SP) e Sônia Guajajara (PSOL-SP) em um evento paralelo à Cúpula. A ministra do Meio Ambiente, em particular, reafirmou seu compromisso em combater o garimpo ilegal e buscar soluções para as áreas afetadas.
