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Declaração de Belém: Chefes de Estado assinam acordo e ignoram protestos sobre exploração de petróleo na Amazônia


Em meio a intensos protestos e pedidos veementes da sociedade civil contra a exploração de petróleo na Amazônia, os chefes de Estado ignoraram todos e assinaram a “Declaração de Belém” que claramente omite o termo combustíveis fósseis.

Nesse documento, divulgado nesta terça-feira (8), há ênfase no objetivo de evitar a desertificação irreversível da Amazônia, almejando limitar o desmatamento a cerca de 20% do bioma. No entanto, não foram definidas metas claras ou prazos para a proteção florestal e combate ao desmate. A aspiração de “desmatamento zero”, respaldada por Brasil e Colômbia, é mencionada superficialmente como “um ideal” a ser alcançado.

A “Declaração de Belém” propõe: “Iniciar um diálogo entre os Estados Partes sobre a sustentabilidade de setores como mineração e hidrocarbonetos na região amazônica, no contexto da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”.

A Cúpula destacou discursos de autoridades e ativistas, mas uma fala ressoou: a do presidente colombiano, Gustavo Petro. Ele criticou forças progressistas por não respaldarem totalmente a ciência climática. “Há um enorme conflito ético, sobretudo por forças progressistas, que deveriam estar ao lado da ciência”, condenou Petro. E acrescentou que, enquanto governos conservadores frequentemente negam a ciência, “para os progressistas, é difícil, levando-os a um tipo diferente de negacionismo: falar em transições”.




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