VIDEO: “Se o protocolo tivesse sido seguido, não teríamos tido 8/1”, declara Anderson Torres na CPMI
Em seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública, destacou a existência de um Protocolo de Ações Integradas (PAI) que deixou pronto e assinado antes de viajar para os Estados Unidos. Esse protocolo visava conter qualquer tentativa de depredação na Esplanada e nas sedes dos Três Poderes, dois dias antes dos atos de vandalismo que ocorreram.
A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) trouxe à tona um relatório da Procuradoria Geral da República (PGR), citando a possibilidade de tomada de poder e invasão ao Congresso Nacional por parte de Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores (Cac’s). Questionando a seriedade da situação, ela afirmou: “Nessa documentação da PGR deixa claro que a convocação era para pessoas que faziam o uso de armas. No tipo de mobilização, já não se presume que poderia haver violência grave?”
Torres respondeu de forma assertiva, detalhando o plano de segurança: “Presume! Por isso o plano de ação previa como resolver isso aí. Com o fechamento da Esplanada, isolamento dos três poderes, proteção de todos os prédios da Esplanada, um trabalho conjunto com a polícia do Senado, com a polícia da Câmara, com a polícia Judicial, o batalhão da guarda presidencial fazendo a parte dele, tudo isso ficou previsto, tudo isso ficou assinado por mim. Na minha audiência de custódia eu até disse pro juiz o seguinte: ‘Excelência, com o plano que deixei assinado só se caísse uma bomba na Esplanada para poder acontecer o que aconteceu’”.
O depoimento de Torres lança luz sobre os esforços de planejamento de segurança e as medidas tomadas para evitar os incidentes que ocorreram naquela data, reforçando sua posição de que ele havia tomado todas as precauções necessárias antes de sua viagem.
Anderson Torres deixa Eliziane Gama sem palavras. pic.twitter.com/FldRpbMPgN
— Magno Malta (@MagnoMalta) August 8, 2023