Política

Chefe de gabinete de Túlio Gadêlha pede exoneração


O chefe de gabinete do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) pediu exoneração do cargo.

No último domingo, Gadêlha escreveu no Twitter:

“Meu chefe de gabinete foi procurado pela coordenação da campanha do PSB no Recife. Disse que eles estavam querendo ‘negociar o meu silêncio’ nesse segundo turno. Dá pra acreditar?! Me senti testemunha de um crime. Crime mesmo foi o que eles fizeram nesses últimos anos no Recife.”

Na reta final da campanha em Recife, o PDT rifou Gadêlha, que era pré-candidato, e acabou apoiando João Campos (PSB), indicando, inclusive, o vice da chapa. O deputado, porém, decidiu declarar apoio a Marília Arraes (PT).

Rafael Bezerra, o agora ex-chefe de gabinete, negou que tenha sido procurado por alguém do PSB e disse que recebia a declaração do chefe com “grande consternação e tristeza”.

“Ainda que os elementos da comunicação estejam suscetíveis a ruídos, afirmar algo que nunca aconteceu fere o que poderia se considerar contornável mesmo dentro do que conhecemos como ‘jogo político’.”

Em nota, Gadêlha afirmou que “é comum pessoas voltarem atrás no que dizem diante de pressão”, reafirmando, portanto, o que escrevera no Twitter.

“Na vida, como na política, é comum pessoas voltarem atrás no que dizem diante de pressão. Isso não estremece o nosso mandato, o qual temos construído coletivamente e que foi avaliado como o melhor do Nordeste por dois anos consecutivos. Seguimos firmes e convictos que a transparência e o diálogo sempre serão nossas principais ferramentas. Temos mais dois anos de construção ouvindo as pessoas e colocando as dores do povo recifense e pernambucano como prioridade. Porque do lado de cá não faltam coragem e vontade de trabalhar.”

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, mandou uma indireta para Gadêlha, dizendo que “quem for do PDT e não estiver com esta chapa [a de João Campos] não tem mais o que fazer no PDT”. Informa o Antagonista.




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