Desmatamento no Cerrado atinge recorde e na Amazônia alcança maior índice em 4 anos, segundo INPE
O desmatamento no Cerrado atingiu níveis recordes, enquanto a Amazônia experimentou seu maior índice de desmatamento em quatro anos, de acordo com as informações mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE). Estas constatações são baseadas em dados coletados de agosto de 2022 a julho de 2023.
No Cerrado, a devastação alcançou uma extensão de 6.359 km², marcando um aumento de 16,5%. Isso representa o pior índice desde 2017, quando o Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real) começou a monitorar a região. Já na Amazônia, a área desmatada foi de 7.952 km², o menor valor em quatro anos.
O mês de julho de 2023, por sua vez, apresentou uma queda significativa de 66% no desmatamento na Amazônia. No entanto, a mesma época viu um aumento de 26% no desmatamento no Cerrado.
O Ibama reportou um crescimento de 173% nas infrações durante os primeiros sete meses de 2023. Nesse mesmo intervalo, as multas aumentaram 147%, enquanto os embargos e termos de apreensão cresceram 123% e 107%, respectivamente.
Na região amazônica, o Pará lidera com 36,2% da área total desmatada, seguido pelo Mato Grosso. O recorde na série histórica foi no período de 2019 a 2020, com 9.216 km² de área devastada.
No Cerrado, a Bahia é o estado com a maior extensão de área desmatada, contabilizando 26,3% do total. De acordo com o Deter, 78,7% do desmatamento está concentrado na região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.