Banco Central decide cortar taxa básica de juros
O Banco Central do Brasil, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), decidiu nesta quarta-feira (2) diminuir a taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano, marcando o primeiro corte na taxa básica de juros desde agosto de 2020, quando estava em 2%.
A taxa Selic, que é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controle da inflação, havia subido gradativamente desde 2020 até atingir 13,75% em agosto de 2022.
O corte ocorre em meio às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e membros do governo federal, que acreditam que a alta taxa Selic tem sido um obstáculo para o crescimento econômico. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, justificou que a manutenção da taxa foi crucial para conter a inflação. Importante lembrar que Campos Neto tem autonomia em seu cargo e não pode ser demitido pelo presidente.
O Copom, composto pelo presidente do Banco Central e oito diretores da instituição, teve sua primeira reunião com os novos integrantes, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, recém-aprovados pelo Senado por indicação de Lula.
A taxa Selic, ao influenciar todas as taxas de juros do país, incluindo empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, é elevada pelo BC quando a inflação está alta e pode ser reduzida quando as estimativas para a inflação estão alinhadas com a meta de inflação. Para 2023, a meta de inflação está definida em 3,25%, sendo considerada cumprida se variar entre 1,75% e 4,75%.
O Copom ainda terá mais três reuniões este ano, nos dias 19 e 20 de setembro, 31 de outubro e 1º de novembro, e 12 e 13 de dezembro, para discutir o futuro da taxa Selic. Para o próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada alcançada se variar entre 1,5% e 4,5%.