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PF afirma ter identificado pagamentos de assessores de Zambelli ao hacker Walter Delgatti Neto


A Polícia Federal (PF) identificou pagamentos feitos por assessores da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, segundo relato dos investigadores em entrevista à CNN Brasil. Os repasses, no valor de R$ 13,5 mil via Pix, foram supostamente feitos para que Delgatti supostamente tentasse fraudar urnas eletrônicas e invadisse as contas do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Também podem ter ocorrido pagamentos em espécie.

Os pagamentos são uma das bases da Operação da PF que culminou na busca e apreensão nos endereços da deputada e na prisão do hacker.

Os assessores envolvidos, Renan Cesar Silva Goulart e Jean Hernani Guimarães Vilela, tiveram seus endereços alvo da ação policial na quarta-feira (2). Goulart trabalhou no gabinete de Zambelli de fevereiro a setembro de 2019 e atualmente está no gabinete do irmão da deputada, que é deputado estadual em São Paulo. Vilela foi membro do gabinete da liderança do governo Jair Bolsonaro (PL) de fevereiro de 2019 até janeiro de 2023 e foi admitido no gabinete de Zambelli em maio deste ano.

Em seu depoimento à PF, em julho, Walter Delgatti revelou que foi contratado pela deputada Carla Zambelli com o objetivo de fraudar o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e invadir o celular do ministro Alexandre de Moraes, além de incluir documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

A assessoria de Carla Zambelli, quando procurada pela CNN, afirmou que não comentaria o assunto. A operação marca um episódio significativo nas investigações em torno das acusações de tentativas de interferência nos processos eleitorais e judiciais.




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