EFEITO BIDEN: FED anuncia nova alta de juros deixando EUA com o maior nível em 22 anos
O Comitê de Política Monetária (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anunciou outro aumento das taxas de juros nesta quarta-feira (24).
Este último ajuste, ocorrido na tarde de hoje, representa um acréscimo de 0,25 ponto percentual, elevando os juros de referência dos EUA para a faixa entre 5,25% e 5,5% – o maior patamar em mais de duas décadas.
Esta medida veio após uma pausa no mês passado, quando o Fed decidiu manter a taxa estável em meio a sinais de potencial desaceleração na economia americana.
Até o momento, foram registrados 10 aumentos consecutivos em um período de quase um ano e meio. O banco central americano tem trabalhado para conter uma inflação em constante crescimento que, no ano anterior, ultrapassou 9%, marcando as maiores oscilações em 40 anos.
Existe uma grande expectativa entre economistas, tanto domésticos quanto internacionais, para futuros aumentos. A percepção é que o Fomc poderia sinalizar mais aumentos nos próximos meses. No comunicado mais recente, embora vago, o comitê não descartou um novo aumento.
O Fomc afirmou que “estará preparado para ajustar o ritmo da política monetária de maneira apropriada se surgirem riscos que possam impedir a realização do seu objetivo”. Enquanto isso, a inflação do país, que vem mostrando sinais de desaceleração, foi de 3% em junho, com a meta de longo prazo estabelecida em 2%. Além disso, o Fed tem a responsabilidade de buscar o pleno emprego.
Segundo o comunicado do Fomc, “indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo moderado. A geração de empregos tem sido forte nos últimos meses e a taxa de desemprego permanece baixa. A inflação, entretanto, continua alta”.
Para decidir sobre futuros aumentos de juros e seus respectivos valores, o Fed observará continuamente os efeitos de seus aumentos anteriores na economia e nos preços. “O Comitê vai continuar avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, destaca o comunicado, acrescentando que o Fomc está fortemente comprometido em trazer a inflação de volta ao objetivo de 2%.