O Grupo Globo retomou a liderança na recepção de recursos de publicidade do governo federal em 2023 durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Até agora, os veículos de mídia do Grupo Globo receberam pelo menos R$ 54,4 milhões da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e de ministérios, superando Record e SBT, que receberam respectivamente R$ 13 milhões e R$ 12 milhões. Essas informações são baseadas nos dados do portal de planejamento de mídia do governo federal.
A Secom não forneceu detalhes sobre os critérios para a distribuição dos recursos de publicidade. Sob a administração de Jair Bolsonaro, o Grupo Record, vinculado à Igreja Universal do Reino de Deus, tinha uma ligeira vantagem sobre a Globo.
A nova política de distribuição de publicidade do governo também favoreceu a Globo.com, ao passo que o portal R7 da Record não registrou pagamentos neste período.
Apesar das críticas passadas de Lula e do PT à Globo, a relação entre o governo e a emissora parece ter se tornado mais amigável.
A Secom também voltou a veicular anúncios em jornais que haviam sido excluídos dos planos de mídia federais de 2020 a 2022, como a Folha, O Globo e O Estado de S. Paulo.
O relatório ainda mostra que a Meta, empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, continuou entre os principais beneficiários das verbas publicitárias.
Apesar dessas informações, os dados sobre a distribuição de publicidade do governo federal são incompletos devido à falta de transparência sobre os pagamentos feitos por empresas estatais e bancos públicos.
