Déficit nas contas públicas do Brasil aumenta para R$ 145,4 bilhões, superando projeções anteriores, segundo Ministério do Planejamento
O governo Lula , através do Ministério do Planejamento, divulgou nesta sexta-feira (21) um déficit de R$ 145,4 bilhões em suas contas para o ano corrente, com um excesso de despesas de R$ 1,5 bilhão. Este saldo negativo foi apresentado no relatório bimestral do terceiro bimestre, que sugere um bloqueio adicional de R$ 3,2 bilhões em função do excedente ao Teto de Gastos.
Este déficit é R$ 9 bilhões maior que a previsão de junho e representa 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No início de 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou a intenção do governo de reduzir o déficit primário (excluindo-se os pagamentos de juros da dívida pública) para menos de 1% do PIB.
Em outra atualização desanimadora, o governo também reduziu a previsão de receitas primárias para o ano de R$ 2,367 trilhões para R$ 2,366 trilhões. Isso é atribuído a uma queda de R$ 9,3 bilhões na Receita Previdenciária, R$ 5,6 bilhões em Cofins, R$ 3,1 bilhões em dividendos, R$ 2,8 bilhões em PIS/Pasep e R$ 2,2 bilhões em impostos de importação.
No entanto, houve um aumento nas receitas primárias em algumas áreas. As receitas administradas pela Receita Federal aumentaram em R$ 12,1 bilhões, enquanto o Imposto de Renda teve um aumento de R$ 6,5 bilhões e a CSLL, R$ 3,6 bilhões.
Em contrapartida, houve uma redução de R$ 1,9 bilhão nos gastos com pessoal e encargos sociais. Ao mesmo tempo, as despesas aumentaram em R$ 4,6 bilhões em assistência financeira a estados e municípios, juntamente com o pagamento de benefícios previdenciários (R$ 2,4 bilhões) e subsídios e Proagro (R$ 1,2 bilhão).