Lula manda reforçar segurança de Alexandre de Moraes após incidente no Aeroporto de Roma
O presidente Lula (PT) aproveitou o recente incidente de supostas hostilidades contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, para fortalecer ainda mais a relação entre o Executivo e o juiz. O governo apoiou a controversa operação de busca e apreensão executada nos endereços dos suspeitos de insultar Moraes em um aeroporto na Itália, defendendo vigorosamente a figura do magistrado.
Essa solidariedade demonstrada pelo governo destacou ainda mais a relação por trás dos bastidores entre Moraes, juntamente com o ministro Gilmar Mendes, e o Palácio do Planalto, posicionando-se como um importante mediador entre os dois poderes.
Moraes é um dos membros do Judiciário mais consultados por Lula. Ele, por exemplo, influenciou fortemente na nomeação das duas últimas vagas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o mandato de Lula.
O presidente, por sua vez, foi contundente em condenar as hostilidades contra o ministro, pedindo uma punição severa para os agressores.
“Um indivíduo desse tipo é um animal selvagem, não um ser humano. Pode-se discordar de alguém, mas isso não justifica agressão. Não há necessidade de insultar ou desrespeitar”, afirmou Lula na quarta-feira (19), em Bruxelas, após o término da cúpula Celac-UE.
Lula atribuiu o surgimento do ódio ao processo eleitoral, ressaltando que o Brasil “passou por isso de maneira intensa”. “Essas pessoas que nasceram do neofascismo, incutido no Brasil, devem ser erradicadas”, afirmou.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também deu suporte jurídico à decisão da presidente do STF, Rosa Weber, de ordenar busca e apreensão na residência do casal Roberto Mantovani e Andreia Munarão, suspeitos de protagonizar a hostilidade contra Moraes.