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Governo Lula insiste em punições para militares, gerando desconforto entre as Forças Armadas


Em uma reunião convocada pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, líderes governamentais e militares se reuniram para debater questões críticas, incluindo a punição de militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A reunião, realizada na última segunda-feira (11), contou com a presença do Ministro da Defesa, José Múcio, o Comandante do Exército, General Tomás Paiva, e o Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Apesar de os militares estarem sob investigação judicial, com uma decisão de fevereiro do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, apontando que a Corte, e não a Justiça Militar, é responsável pelo julgamento dos militares envolvidos, as Forças Armadas e o Ministério da Defesa ainda relutam em adotar qualquer punição administrativa antes da conclusão dos julgamentos.

A segurança presidencial e de outras autoridades do governo também foi um tema importante da discussão. Em resposta à decisão do mês passado do presidente Lula de que a segurança seria dividida entre civis e militares, mas liderada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Polícia Federal expressou insatisfação com a perda de sua liderança nesse aspecto. Janja da Silva, a primeira-dama, expressou o desejo de manter os atuais policiais federais como parte de sua equipe de segurança.

Uma questão adicional levantada durante a reunião foi o novo decreto proposto para a regulamentação de armas, redigido por um grupo associado ao Ministério da Justiça. Este decreto propõe transferir o controle de caçadores, atiradores e colecionadores de armas, conhecidos como CACs, do Exército para a Polícia Federal – uma mudança à qual o Exército se opõe. A proposta está atualmente sob análise na Casa Civil.




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