O setor de máquinas agrícolas enfrenta uma queda significativa nas vendas, conforme dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
De janeiro a maio, o total de vendas somou 23,8 mil unidades, representando uma queda de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Maio registrou uma retração de 14% nas vendas em relação ao mesmo mês de 2022, com a comercialização de cerca de 800 unidades a menos, totalizando 4,7 mil em 2023, em comparação com 5,5 mil em 2022.
Este é o terceiro mês consecutivo de declínio no setor desde que o governo Lula assumiu. A queda teve início em janeiro, com uma redução de 43%. Houve sinais de recuperação em fevereiro e março, com altas de 30% e 38%, respectivamente, mas os números voltaram a declinar em abril, com uma queda de 20%.
Além do mercado interno, a indústria brasileira de máquinas agrícolas também experimenta uma queda nas exportações, com uma retração de 15% acumulada no ano. Alexandre Bernardes, vice-presidente da Anfavea, apontou a redução do comércio com a Argentina como principal fator. O agronegócio argentino atualmente enfrenta uma crise decorrente da recente seca que prejudicou a colheita dos principais grãos do país.
A retração na demanda por máquinas agrícolas ocorre mesmo diante de uma previsão otimista para o agronegócio brasileiro, com uma safra nacional de grãos estimada em uma colheita recorde de 300 milhões de toneladas em 2023.
