O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) planeja uma grande reforma administrativa para tornar o governo de São Paulo mais enxuto e eficiente, cessando a prática de loteamento político. Ele planeja enviará sua proposta de reforma, intitulada “Melhoria Operacional do Estado”, à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A reforma visa uma redução substancial – de 207 para 18 – no número de cargos do serviço público do estado, extinguindo os chamados “puxadinhos”, nomeações de indicados políticos em áreas diversas para garantir maiores salários. Isso resultará na eliminação de 5 mil posições de trabalho que atualmente estão vagas, fazendo uma fusão de cargos existentes.
Carreiras que possuem até cinco níveis distintos de remuneração serão consolidadas em um único nível. A reforma também prevê mudanças nos salários dos servidores e na forma de remuneração.
A nova proposta visa uma maior blindagem a pressões políticas. Os cargos comissionados, em sua maioria ocupados por indicações políticas, serão alvo de maior controle. A reorganização interna permitirá que cada secretaria distribua os cargos dentro de suas respectivas pastas.
Além disso, a reforma propõe o fim dos “puxadinhos”. A prática de atrair profissionais para a administração estadual, oferecendo posições com salários mais altos em empresas de economia mista, será eliminada. Esta medida já resultou na devolução de mais de 70 servidores para o governo estadual neste ano.
Todas essas mudanças visam a uma gestão pública mais eficiente, transparente e menos vulnerável a influências políticas, um reflexo do governo de Jair Bolsonaro.
