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Merkel amplia poderes, e direita denuncia autoritarismo


Em meio a protestos que reuniram milhares de manifestantes contra o governo, o parlamento da Alemanha aprovou uma reforma que amplia os poderes da chanceler do país, Angela Merkel. A medida endurece as limitações impostas às pessoas sob a justificativa de “conter o avanço do coronavírus”, segundo informações da Oeste.

O artigo 28 da nova lei estabelece o uso obrigatório de máscara, a suspensão de atividades culturais ou de esporte, a imposição de uma distância física em lugares públicos e a restrição de viagens, bem como a proibição de venda de álcool em lugares abertos. Já o dispositivo número 36 da legislação torna mais rigoroso a entrada na Alemanha de viajantes de zonas de risco.

Conforme a lei, Merkel poderá adotar mais “medidas de proteção”, caso o país supere 50 novos contágios a cada 100 mil habitantes em sete dias. Partidos de oposição, como o direitista Alternativa por Alemanha, criticaram a decisão dos parlamentares (foram 415 votos a favor e 236 contra) aprovada em dois dias, sem amplo debate com os demais membros da Casa.

Segundo os integrantes da sigla, que contou com o apoio da legenda de esquerda Die Linke, a nova legislação atenta contra os direitos fundamentais dos cidadãos e não oferece segurança jurídica. Nas redes sociais, internautas comparam a medida com a lei de 1933 que cedeu todos os poderes a Adolf Hitler.




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