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Visita de Maduro intensifica tensões entre Planalto e parlamentares, diz site


A visita de Nicolás Maduro ao Brasil está gerando controvérsias na relação entre parlamentares e o Palácio do Planalto. De acordo com líderes de centro e centro-direita entrevistados por O Antagonista, a visita de Maduro ocorre num momento inoportuno, enquanto os parlamentares reivindicam um envolvimento mais significativo do presidente Lula na articulação política.

Maduro foi recebido com honrarias durante uma cerimônia oficial no Palácio do Planalto, onde Lula defendeu a inclusão da Venezuela no Brics, bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bloco presidido por Dilma Rousseff.

O encontro com o governante venezuelano já estava agendado há algum tempo, no entanto, o momento escolhido para a reunião e a maneira como ocorreu, sem nenhum tipo de anúncio, não foram bem recebidos pelas lideranças de oposição na Câmara.

Um líder parlamentar afirmou que “a bolha venezuelana permite essas visitas fora de hora”, apontando que o contexto brasileiro é diferente do venezuelano.

Conforme noticiamos, Lula, em seus primeiros meses de mandato, foi o presidente com a menor quantidade de reuniões com parlamentares desde Dilma Rousseff. Lula somou apenas nove encontros, comparado aos 83 de Jair Bolsonaro e 39 de Michel Temer em períodos equivalentes. No entanto, Lula se reuniu com 30 líderes de estado em cinco meses, um encontro a menos do que Bolsonaro ao longo de seus quatro anos de mandato.

Nesta semana, a Câmara dos Deputados deve votar o projeto de lei do marco temporal de terras indígenas, adicionando mais um revés à política ambiental do governo Lula.

Na última semana, a comissão mista do Congresso que analisa a reestruturação dos ministérios aprovou o relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) que propõe remover o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Agência Nacional de Águas (ANA), entre outras estruturas, do Ministério do Meio Ambiente.




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