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Ala do PT não aceita filiação de Randolfe Rodrigues

Preocupações acerca da personalidade "polêmica" e "eloquente" do senador embasam a recusa


No Partido dos Trabalhadores (PT), emerge um movimento crescente que visa restringir a possibilidade de filiação do senador Randolfe Rodrigues (AP). Apesar do forte alinhamento político de Rodrigues com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a ideia de integrá-lo oficialmente ao PT tem encontrado resistência em uma facção influente do partido.

Este grupo, composto principalmente por líderes mais técnicos do partido, manifesta preocupações acerca da personalidade “polêmica” e “eloquente” do senador, afirmando que sua adesão poderia ser inadequada para o PT. Há também a preocupação de que Rodrigues só aceitaria um papel de liderança, caso se filiasse.

Atualmente, Randolfe Rodrigues ocupa a posição de líder do governo no Congresso, título conferido pessoalmente por Lula. Entretanto, segundo aliados, a posição não cumpriu completamente as expectativas de Rodrigues, em parte devido à frequência limitada de reuniões do Congresso, o que concede maior proeminência ao líder do Senado, papel atualmente desempenhado por Jaques Wagner (PT-RJ).

Aliados também rejeitam a hipótese de Rodrigues abandonar seu posto no Senado para assumir uma posição executiva, pois tal movimento resultaria na perda de um voto crucial para o governo no Senado, considerando que seu suplente é de direita.

Com um histórico político incluindo dois mandatos como deputado estadual, uma eleição para o Senado em 2010 e filiações anteriores ao PT e PSOL, Rodrigues deixou recentemente o partido Rede Sustentabilidade após suposto descontentamento com a interferência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na recusa do Ibama em conceder à Petrobras uma licença para exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, área que abrange a região do Amapá.




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