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Tenente-coronel Mauro Cid fica em silêncio durante depoimento à PF


Na tarde desta quinta-feira (18), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, optou por ficar em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o suposto esquema de fraude em cartões de vacinação. Cid chegou por volta das 14h20, escoltado por dois veículos da polícia do Exército, e deixou o local por volta das 15h, sem fazer declarações à imprensa.

Ele está preso desde o dia 3 de maio, após ser alvo da Operação Venire da PF. Essa foi a segunda vez que o tenente-coronel foi ouvido, e mais uma vez permaneceu em silêncio. Diante disso, a estratégia da defesa é buscar negociar uma possível delação premiada, com o objetivo de amenizar uma eventual condenação do militar.

Na terça-feira (16), Bolsonaro prestou depoimento à PF e negou ter conhecimento sobre a participação de Cid no esquema. O ex-presidente também afirmou que não orientou a fraude nos cartões de vacinação. Segundo ele, caso Mauro Cid tenha arquitetado um esquema de adulteração de informações nos comprovantes de vacinação, isso teria ocorrido sem o seu conhecimento.

O ex-chefe do Executivo também foi alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação da PF. De acordo com as investigações, foram inseridos dados falsos sobre a vacinação de Bolsonaro e sua filha Laura, que é menor de idade. Além deles, Cid e seus familiares também teriam se beneficiado do esquema. Bolsonaro também ressaltou que não acredita na possibilidade de Cid ter planejado a inserção de informações falsas em seu nome e no de sua filha, mas que a administração de sua conta no ConecteSUS era realizada pelo ex-ajudante de ordens.




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