Desde o resultado do 2º turno das eleições presidenciais, a Petrobras viu seu valor de mercado diminuir em R$ 84,8 bilhões. O levantamento, realizado por Einar Rivero, head comercial da TradeMap divulgado pelo site Poder360, mostra que o valor de mercado da estatal caiu de R$ 448,7 bilhões em 28 de outubro de 2022 para R$ 363,9 bilhões em 12 de maio de 2023.
Logo após o 2º turno, a empresa sofreu uma desvalorização de R$ 34,2 bilhões, chegando a R$ 414,5 bilhões. A queda nas ações da Petrobras na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) continuou, atingindo o valor mais baixo de R$ 301 bilhões em 14 de dezembro do ano passado, o menor desde 4 de maio de 2021. Vale ressaltar que o cálculo do valor de mercado da companhia não inclui os dividendos pagos pela empresa nesse período.
Em termos percentuais, a queda no valor de mercado da Petrobras desde a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi de 18,9% até 12 de maio de 2023. No mesmo período, o Ibovespa, principal índice da B3, recuou 5,30%.
A Petrobras está em discussão sobre a metodologia de preços da gasolina e do diesel nesta semana, com eventuais mudanças sujeitas à aprovação da diretoria executiva da empresa. Segundo comunicado, essas alterações serão embasadas em estudos técnicos.
Os números indicam uma tendência de piora no valor de mercado da estatal, influenciada pelo preço do petróleo no mercado internacional e pela desaceleração da atividade econômica global, intensificada pela situação econômica da China. O preço do barril tipo brent está próximo de US$ 75,50, comparado a US$ 85,91 em 30 de dezembro.
Além disso, a empresa planeja direcionar seus esforços para investimentos em refino e energia renovável, ao contrário do foco anterior na exploração do petróleo sob o governo de Michel Temer (MDB).
