Uma seção disponível no portal oficial do governo federal apresenta o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como um grupo focado na “formação de cidadãos e organizações”. No ar desde abril, a seção está vinculada à Controladoria-Geral da União (CGU), mas não faz menção às invasões de terras realizadas pelo movimento. O conteúdo não menciona, por exemplo, que o MST já invadiu mais de 30 propriedades rurais desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O material mantido pela CGU na internet sobre o MST adota um tom elogioso ao movimento, afirmando que ele se dedica ao “fomento à participação cidadã, à defesa de direitos e à mobilização da sociedade”.
A seção da CGU também destaca áreas como saúde, educação, meio ambiente, recursos naturais, políticas sociais, cidadania, direitos humanos, trabalho e emprego ao apresentar o grupo. No entanto, o MST será alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que será instalada na Câmara dos Deputados para investigar quem financia esse tipo de movimento. Além dos elogios ao grupo invasor de terras, a página da CGU traz informações desencontradas. Apesar de afirmar que a sede do movimento está em São Paulo, o órgão do governo federal divulga um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) com o número 04.531.181/0001-33, que está registrado em nome da Associação dos Assentados do MST, uma entidade com sede na zona rural do município de Santa Vitória, em Minas Gerais.
