Na terça-feira (9), o Palácio do Planalto tomou medidas para acalmar a base aliada no Congresso ao liberar um montante de R$712 milhões em emendas para deputados e senadores. Essa é a maior quantia distribuída pelo governo em uma única vez desde o início da gestão. De acordo com informações do site Poder 360, entre fevereiro e 8 de maio, já haviam sido repassados 486 milhões de reais aos parlamentares.
O Ministério da Saúde foi responsável pelo maior empenho de recursos até o momento, com um total de 696 milhões de reais liberados. Os setores de Transportes (217 milhões de reais), Desenvolvimento (173 milhões de reais), Defesa (46 milhões de reais) e Integração (43 milhões de reais) também estão entre as pastas que mais distribuíram verbas.
Na lista dos maiores beneficiados, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) lidera com 28,2 milhões, seguida por Daniella Ribeiro (PSD-PB) com 23,3 milhões, Jayme Campos (União-MT) com 16,8 milhões, Renan Calheiros (MDB-AL) com 16,2 milhões e Jaques Wagner (PT-BA) com 15,6 milhões.
Os dados revelam que o PSD foi o partido que mais recebeu recursos, totalizando 143 milhões, seguido por PT com 136 milhões, MDB com 91,3 milhões e União Brasil com 75 milhões, todos eles da base aliada.
Após a Câmara ter anulado as mudanças feitas por Lula no marco do saneamento básico, o presidente decidiu se envolver pessoalmente na articulação política e instruiu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a buscar votos dos partidos aliados.
A expectativa dos parlamentares é de que mais recursos sejam destinados a eles em breve, uma vez que Lula autorizou o pagamento de 9 bilhões em emendas do orçamento secreto negociadas durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
