Na quarta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração à imprensa durante sua visita á Espanha, na qual criticou a Organização das Nações Unidas (ONU) em vários temas, incluindo a criação de Israel e da Palestina, e as ações da ONU durante a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Durante a coletiva de imprensa, Lula afirmou que acreditava que a ONU era responsável por criar Israel, em vez da Palestina. Ele comentou: “Vejo que a ONU era tão forte que em 1948 ela conseguiu criar o Estado de Israel. Em 2023, ela não consegue criar o Estado palestino”.
Lula também mencionou que a ONU falhou em resolver o conflito em andamento entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022. Ele afirmou: “A ONU poderia ter convocado sessões extraordinárias com todos os países membros para discutir a guerra. Por que não fez isso? Por isso, precisamos provocar essa discussão”.
Além disso, Lula propôs a criação de um “G20 para a paz” como uma solução alternativa às ações da ONU. Ele afirmou que o Brasil condenou a ocupação territorial desde o início do conflito e sugeriu que a falta de negociações para um acordo de paz foi a principal causa da guerra.
Vale ressaltar que a criação de Israel foi resultado de uma resolução da ONU em 1947, que propôs a divisão da Palestina em dois estados: um para os árabes e outro para os judeus. Embora a liderança judaica tenha aceitado a proposta, os líderes árabes a rejeitaram, levando à criação de Israel em 1948.
Os comentários de Lula foram recebidos negativamente por Israel, já que coincidiram com a celebração da independência do país.
