Parlamentares apresentam notícia-crime contra líder do MST por incitação à invasão de propriedades rurais
Os deputados federais Deltan Dallagnol (Podemos-PR), Evair de Melo (PP-ES) e outros membros do Congresso Nacional apresentaram ao Ministério Público de São Paulo uma notícia-crime contra João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
No documento, os parlamentares acusam Stédile de encorajar, de forma clara e direta, a invasão de propriedades rurais durante a jornada anual do MST pela reforma agrária, conhecida como Abril Vermelho. De acordo com os deputados, as invasões de prédios públicos, como o Incra, lembram os atos de 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília.
Os parlamentares argumentam que a invasão de terras, além de ser considerada um crime, causa prejuízos econômicos ao país ao impedir o uso produtivo da terra, gerar conflitos e processos judiciais prolongados, bem como insegurança jurídica e desencorajar investimentos que contribuem para a desaceleração do desenvolvimento econômico. Além disso, as invasões também podem levar a conflitos armados entre sem-terra e proprietários, causando escaladas de violência, agressões, lesões corporais, destruição de lavouras e plantações, bens, maquinário e até mesmo homicídios.
“Chama atenção o fato do líder do MST usar de sua liderança social para incitar o cometimento de crimes em todo o país, o que de fato vem ocorrendo”, afirmou o documento apresentado pelos parlamentares.
Segundo os deputados, o Poder Público não pode se omitir diante do cenário de ameaças e invasões promovidas pelo movimento. Por isso, é importante que os órgãos de controle tomem medidas para impedir e acabar com acampamentos levantados com a finalidade de preparar e apoiar invasões e outros crimes relacionados.
Além de Dallagnol e Melo, também assinam a notícia-crime os deputados Maurício Marcon (Podemos-RS), Adriana Ventura (Novo-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Dr. Frederico (Patriota-MG), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Alfredo Gaspar (União-AL) e Kim Kataguiri (União-SP).