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Vazamento de imagens torna CPMI inevitável com avalanche de assinaturas


A divulgação das imagens do então ministro do GSI, Gonçalves Dias, caminhando entre invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, gerou um aumento significativo no número de assinaturas pela CPMI no Congresso. De acordo com o autor do requerimento, o deputado federal André Fernandes (PL-CE), a CPMI já alcançou o apoio de pelo menos 218 deputados e 37 senadores.

Esse número é bem maior do que o mínimo necessário para instalar uma comissão parlamentar mista de inquérito, que precisa do apoio de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. Nas redes sociais, diversos parlamentares têm anunciado seu apoio ao requerimento, incluindo Danilo Forte (União-CE), Luísa Canziani (PSD-PR) e Rafael Simões (União-MG).

Antes da divulgação dos vídeos pela CNN Brasil, o governo articulava a retirada de assinaturas do requerimento para tentar enterrar a CPMI antes mesmo de ela ser instalada em sessão do Congresso. O Palácio do Planalto estava mirando parlamentares do Republicanos e do PSD, na esperança de retirar cerca de 30 assinaturas e inviabilizar a comissão.

No entanto, diante da avalanche de assinaturas, o governo mudou sua posição e lideranças governistas, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), agora afirmam que o Planalto apoiará a investigação. A estratégia agora é tentar ter maioria na comissão para controlar o rumo das investigações e não deixar que a narrativa bolsonarista domine os trabalhos. A instalação da CPMI parece praticamente inevitável.




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