Policiais Penais iniciam paralisação nacional reivindicando regulamentação da carreira e equiparação salarial
Varlei Ferreira, representante sindical e diretor da Associação dos Policiais Penais do Brasil, anunciou uma paralisação da categoria em todo o país para abrir um diálogo sobre a regulamentação da carreira. Segundo Ferreira, essa regulamentação foi prometida para os primeiros 100 dias do governo em 2019 e, desde então, não foi cumprida.
Entre as principais demandas dos policiais penais estão a equiparação salarial com outras carreiras policiais federais e a criação de uma Polícia Penal Federal, com carreira autônoma e atribuições bem especificadas. Além disso, os policiais exigem a determinação da Constituição Federal que prevê a previsão de direção geral na polícia e independência funcional.
A Associação dos Policiais Penais do Brasil afirma que, durante a paralisação, serão garantidos os serviços essenciais nas unidades e a segurança dos presos, mas as visitas de familiares e advogados estarão suspensas. Atualmente, cerca de 1,6 mil policiais penais atuam na segurança dos presos mais perigosos do país nos presídios federais em Brasília, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Os policiais penais alegam que, na falta de diálogo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais, a paralisação e as manifestações pontuais são as únicas opções restantes para chamar a atenção para suas demandas.