Caloteiros: Políticos do alto escalão do PT não pagam mensalidades para a sigla
Todos os filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) são obrigados a doar uma parte do salário que ganham, como cláusula pétrea dos estatutos do partido. O valor da doação varia de acordo com o cargo ocupado: ministros de Estado devem contribuir com 10% do rendimento líquido mensal, enquanto deputados federais e senadores precisam doar 15% do salário bruto, que é de R$ 39 mil para ambos.
Recentemente, durante a comemoração de mais um aniversário do PT, o ex-presidente Lula autorizou um débito automático de 10% do seu salário como doação para o partido. No entanto, há filiados em dívida com a legenda, incluindo ministros como Rui Costa, da Casa Civil, e Camilo Santana, da Educação, além de governadores como Elmano de Freitas, do Ceará, e Jerônimo Rodrigues, da Bahia. Mais de 30 deputados federais e senadores também estão em débito com o partido.
Entre os parlamentares, destaca-se o deputado Reginaldo Lopes, de Minas Gerais, e os senadores Jaques Wagner, líder do governo, e Fabiano Comparato, líder da bancada. A exigência de doação financeira por parte do partido tem gerado controvérsia, com alguns criticando a medida enquanto outros defendem a necessidade de arrecadação para o financiamento das atividades partidárias. A situação evidencia a tensão entre os valores do partido e as exigências da vida política brasileira.