Oposição e autoridades reagem a declaração de José Dirceu sobre plano de poder do PT
Integrantes da oposição e várias autoridades se pronunciaram em resposta à declaração de José Dirceu, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), que afirmou seu plano de mais 12 anos de poder para o partido. O senador Ciro Nogueira (PP), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), utilizou as redes sociais para afirmar que “Não permitiremos a implantação do Lulaquistão!”.
Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça e declarado eleitor de Lula no segundo turno, criticou o projeto de poder do PT: “O PT olha para o passado ou para o futuro distante em vez de olhar para o aqui e agora. Tem muita coisa para ser feita no presente”, disse ele ao Estadão.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, também se posicionou: “Dentro da democracia qualquer cidadão pode sonhar com o que quiser, mas o autor dessa frase nunca foi muito adepto do processo democrático. O PT não tem a democracia como um valor universal, tanto que apoia ditaduras pelo mundo”.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) concordou com Freire e acrescentou: “Estão à vontade para falar sobre o projeto de poder infinito que têm. Impunidade e conivência do Judiciário, somada à omissão do Legislativo, garantem ao PT a blindagem necessária para revelar em público o que sempre foi seu plano de dominação política.”
Luiz Felipe D’Avila, cientista político e candidato à presidência pelo partido Novo no ano passado, criticou duramente a gestão anterior do PT: “Vamos aos fatos: após 12 anos de poder, o PT deixou um país com 13 milhões de desempregados, inflação de dois dígitos, quase quebrou a Petrobras e o BNDES e teve sua presidente impedida por pedalada fiscal. A Lava Jato desvendou o maior esquema de corrupção da história e dezena de bilhões de reais foram devolvidos aos cofres públicos