O ex-ministro, ex-guerrilheiro e ex-presidiário José Dirceu voltou à cena política com a volta do PT ao poder. Em entrevista à RedeTV!, ele defendeu um projeto de desenvolvimento nacional de longo prazo, que duraria três mandatos consecutivos, incluindo a reeleição de Lula em 2026. Segundo Dirceu, um mandato de quatro anos é “pouco” para que o Brasil faça em dez anos o que precisa fazer em cem anos em matéria de ciência, tecnologia e educação.
Dirceu deixou o comando da Casa Civil no primeiro governo petista, após ser acusado de envolvimento com o Mensalão. Mais tarde, ele foi condenado pela Operação Lava Jato. Na entrevista, Dirceu defendeu um acordo nacional entre o Congresso e a classe empresarial para dar respaldo às medidas do PT.
O ex-guerrilheiro também ficou ao lado de Lula nos embates com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Conforme Dirceu, o presidente “tem toda a razão” em criticar Campos Neto. Sobre seus problemas com a Justiça, Dirceu afirmou que foi condenado “sem provas” no Mensalão e que a Lava Jato se transformou em um “processo de exceção sumária e político”.
A entrevista de Dirceu ocorreu em meio a um contexto de tensão política e econômica no Brasil. Com a volta do PT ao poder, há muitas expectativas e incertezas em relação ao futuro do país. Dirceu acredita que um projeto de longo prazo, que conte com o apoio do Congresso e do empresariado, é a melhor maneira de garantir o desenvolvimento nacional.
