Há cinco anos, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chocou o Brasil. Condenado a cumprir pena de 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula passou dois dias na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, antes de se entregar à Polícia Federal. Seu advogado, Cristiano Zanin, que atualmente é cotado para a vaga de Ricardo Lewandowski no STF, estava presente durante esse período.
A prisão foi determinada pelo então juiz Sergio Moro, e a pena foi definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no caso do triplex em Guarujá (SP). Após ser levado à sede da Superintendência da PF em Curitiba (PR), Lula ficou preso por 580 dias até ser solto em novembro de 2019.
A soltura foi consequência da decisão do juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, que aceitou o pedido de soltura apresentado pela defesa de Lula, após o Supremo Tribunal Federal derrubar a prisão após condenação em segunda instância.
No entanto, apesar de ter sido libertado e até mesmo eleito presidente novamente, Lula não foi absolvido de todos os processos. O Supremo determinou o retorno das ações contra o petista para a primeira instância da Justiça em jurisdições diferentes da de Curitiba, que era comandada pelo hoje senador Sergio Moro. Embora algumas das ações tenham prescrito devido ao decurso de prazo e à idade de Lula, não haverá tempo para que todas elas sejam analisadas novamente.
