Brasil não assina documento que condena invasão da Ucrânia
A declaração da Cúpula da Democracia foi assinada por 76 países
O governo brasileiro se recusou a assinar a declaração da Cúpula da Democracia, que condenou a Rússia por sua invasão à Ucrânia. O documento foi endossado por 76 países e exige que as tropas russas se retirem imediatamente do território ucraniano.
O texto destaca a importância da responsabilização pelos crimes mais graves cometidos na Ucrânia, por meio de investigações justas e independentes, para garantir justiça às vítimas e prevenir futuros crimes. Os signatários também pedem a resolução pacífica do conflito no Leste Europeu, com o objetivo de estabelecer uma paz duradoura na Ucrânia.
Os países expressaram sua preocupação com o impacto negativo do conflito na segurança alimentar global, proteção nuclear e meio ambiente. Além disso, os signatários lamentaram as terríveis consequências humanitárias e de direitos humanos da agressão russa contra a Ucrânia, incluindo o alto número de vítimas civis, especialmente mulheres e crianças.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, não participou do evento nos Estados Unidos, mas em uma carta, reiterou o compromisso inabalável do Brasil com o Estado Democrático de Direito. Ele alertou sobre a ameaça de uma nova Guerra Fria e a inevitabilidade de um conflito armado, e defendeu o diálogo político como o melhor caminho para a construção de consensos.
Lula também afirmou que o país contribuirá para o fortalecimento da democracia nos diferentes foros multilaterais e no diálogo entre países, sempre guiados pelo direito internacional e pelos direitos humanos.