Secretário de Segurança do DF proíbe manifestações na chegada de Bolsonaro
O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Torres Avelar, descartou a possibilidade de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizarem manifestações de apoio ao político na quinta-feira (30), quando ele deve chegar ao Brasil. De acordo com o secretário, o planejamento para a chegada de Bolsonaro foi feito em conjunto com equipes do Partido Liberal (PL) e apoiadores do ex-presidente, que entenderam a impossibilidade de realizar protestos no aeroporto.
“Não será permitido que pessoas se reúnam com a intenção de fazer um protesto no saguão do aeroporto. Embora entendamos a ansiedade dos apoiadores em recebê-lo, isso não pode acontecer na região do aeroporto. Isso causaria imensos transtornos para a comunidade”, disse Torres Avelar em entrevista coletiva.
As agências de segurança preveem que cerca de 80 voos possam ser afetados na manhã de quinta-feira, o que levaria a um “caos” em Brasília e impactos em toda a rede aérea brasileira. “Para evitar isso, manifestações não podem ser feitas no saguão”, acrescentou.
O acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília será monitorado pela Polícia Militar, que irá controlar as movimentações na região, com a possibilidade de parar veículos “suspeitos” ou grupos de apoiadores, por exemplo. Também há a possibilidade de bloquear o acesso ao aeroporto e à Esplanada dos Ministérios, se necessário.
“Se um grupo de motociclistas, caminhões, tratores ou qualquer coisa que signifique uma possível manifestação chegar, a Polícia Militar com certeza irá monitorá-los”, mencionou o Secretário do Distrito Federal. Ele também descartou a possibilidade de Jair Bolsonaro desfilar em um carro aberto, afirmando que o político será recebido por membros do partido na sede do Partido Liberal.
O Superintendente Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, Cezar Luiz Busto de Souza, endossou os avisos e até pediu que as pessoas evitem viajar para a região do aeroporto. “Por favor, evitem. Não vão ao aeroporto protestar. Haverá outras oportunidades, mas a aglomeração no aeroporto durante os horários de pico impactará todo o país. É uma perda que ninguém quer”, disse Souza.