Criminoso da operação do PCC contra Moro, saiu da cadeia pela ação do advogado de Lulinha
O líder de um dos grupos do Primeiro Comando da Capital (PCC) conhecido como “Forjado”, Patric Uelinton Salomão, de 43 anos, foi apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos integrantes do grupo que planejava um atentado contra o senador Sergio Moro (União-PR). De acordo com a PF, Forjado é responsável por organizar e financiar sequestros e atentados contra autoridades. Ele integra a “sintonia final” do PCC e subordina-se apenas aos líderes máximos da facção, como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Forjado foi um dos alvos da Operação Sequaz, deflagrada para desarticular um plano de sequestro e assassinato de Sergio Moro e outras autoridades. Ele não foi encontrado pelos policiais e é considerado foragido. Sentenciado por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, roubo e homicídio, Forjado já havia cumprido pena no início de 2022, mas continuava preso com Marcola, por causa de uma prisão preventiva expedida em outra ação penal, de suposta lavagem de dinheiro para o PCC.
O advogado Fabio Tofic, o mesmo que defendeu Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, na Operação Lava Jato, conseguiu um alvará de soltura para Forjado na Justiça paulista, colocando-o em liberdade no início do ano passado. Tofic também defende Forjado no processo de lavagem de dinheiro na Justiça de São Paulo, mas afirmou que nunca teve contato com o homem que agora é acusado de planejar um atentado contra Sergio Moro e outras autoridades.
Forjado foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro, juntamente com outro suspeito de integrar o setor financeiro do PCC. Na mesma sentença, o juiz expediu o alvará de soltura que colocaria Forjado em liberdade no mês seguinte. O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão e ainda hoje o advogado Fabio Tofic defende o membro da facção nesse processo.